Reação alérgica a óleos essenciais: o que você precisa saber

Reação alérgica a óleos essenciais: tudo o que você precisa saber
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Reação alérgica a óleos essenciais: tudo o que você precisa saber

Os óleos essenciais são atualmente os “queridinhos” da cena de bem-estar, elogiados por seus benefícios à saúde, como: alívio da ansiedade, combate a infecções, alívio de dores de cabeça, e muito mais.

No entanto, se usados incorretamente, os óleos essenciais podem causar reações alérgicas, entre outros efeitos adversos.

Por isso, continue lendo para aprender como identificar os sintomas de uma reação alérgica a óleos essenciais, e dicas para usar esse tratamento alternativo com segurança.

O que são óleos essenciais?

Óleos essenciais são compostos aromáticos extraídos de plantas. Eles desempenham um papel central na aromaterapia, que é um tipo de tratamento de saúde holístico que promove o bem-estar.

Muito do alvoroço em torno dos óleos essenciais vem do fato de que são produtos naturais.

Entretanto, isso não significa necessariamente que os óleos essenciais sejam totalmente seguros. Essas substâncias complexas não são regulamentadas e alguns de seus benefícios para a saúde são exagerados.

Há perigos associados ao uso da aromaterapia para mulheres grávidas, crianças e animais de estimação. Também existem perigos associados ao uso incorreto, pois há possibilidades de ocorrer reações alérgicas a óleos essenciais.

O que é uma reação alérgica?

Reações alérgicas são bastante comuns e ocorrem quando o seu sistema imunológico reage exageradamente a um alérgeno – uma substância que normalmente é inofensiva.

O alérgeno desencadeia a produção de anticorpos no organismo, cujas substâncias químicas são produzidas para “atacar” o alérgeno.

As reações alérgicas variam de leves a potencialmente mortais, resultando em sintomas que normalmente afetam o nariz, pulmões, garganta, pele, estômago, seios nasais ou ouvidos.

Quais são os sintomas de uma reação alérgica a óleos essenciais?

Na aromaterapia, os óleos essenciais são normalmente difundidos no ar e inalados; ou diluídos com um óleo carreador para serem aplicados na pele. Porém, os óleos essenciais não devem ser ingeridos.

Os sintomas de uma reação alérgica a óleos essenciais podem variar de acordo com a pessoa, bem como a forma de como os óleos são usados. A seguir, apresentam-se as categorias mais frequentes de reações alérgicas e os indicadores associados a cada uma delas:

Dermatite de contato

A dermatite de contato é uma erupção cutânea vermelha que causa coceira, a qual se desenvolve quando certas substâncias entram em contato direto com a pele.

Existem dois tipos: dermatite de contato irritante e dermatite de contato alérgica.

Além da erupção cutânea com coceira e vermelhidão, ambos os tipos de dermatite de contato compartilham outros sintomas:

  • pele seca, rachada ou escamosa
  • bolhas ou inchaços com vazamento
  • sensação de queimação e picada

A dermatite de contato alérgica é a reação alérgica mais comum a óleos essenciais. Ela ocorre quando você se sensibiliza a um alérgeno e tem uma reação após uma exposição subsequente.

É uma reação de hipersensibilidade tardia, o que significa que você pode não notar os sintomas de 12 a 72 horas após a exposição.

A dermatite de contato irritante não é uma reação alérgica verdadeira. Ela ocorre quando a sua pele entra em contato com uma substância tóxica ou irritante. A erupção cutânea é normalmente mais dolorosa do que com coceira; e quanto mais tempo você fica exposto à substância, pior ela fica.

Se você tiver dermatite relacionada a um óleo essencial, pode ser que o óleo não tenha sido diluído o suficiente em um óleo carreador. Interrompa o uso do óleo essencial e permita que a área cicatrize, antes de tentar um óleo essencial diferente.

Urticária

A urticária tem muitos possíveis desencadeadores, incluindo alimentos, medicamentos, picadas de insetos, infecções, e entre outros. Ela pode aparecer em qualquer parte do corpo e é caracterizada por:

  • elevação de caroços vermelhos (urticária) que geralmente coçam
  • urticária que pode variar de tamanho, aparecendo e desaparecendo repetidamente

Reações fototóxicas

Alguns óleos essenciais são fotossensíveis ou fototóxicos, o que significa que podem causar uma reação grave se você os aplicar topicamente e, depois, expor a sua pele aos raios UV do sol.

Os óleos essenciais cítricos, como limão, lima, laranja e bergamota, são conhecidos por causar reações fotossensíveis.

Os sintomas de tais reações são:

  • vermelhidão ou descoloração da pele
  • sensação de queimação ou coceira
  • formação de bolhas

Se você optar por usar um óleo essencial fotossensível, evite expor a sua pele aos raios UV por, pelo menos, 12 horas.

Irritação nasal

Se você estiver difundindo óleos essenciais, pode experimentar sintomas nasais, como:

Se você tiver asma, consulte o seu médico antes de difundir óleos essenciais.

Irritação ocular

Colocar óleos essenciais nos olhos, ou tocar acidentalmente nos olhos após manusear óleos essenciais, pode resultar em:

  • olhos vermelhos
  • irritação
  • ardência

Posso tratar reações alérgicas em casa?

A maioria das reações a óleos essenciais é leve e pode ser tratada em casa.

Se você aplicou o óleo topicamente, lave bem a pele afetada com sabão suave e água fria.

Aplicar uma compressa fria e úmida na pele pode proporcionar alívio. Você também pode aplicar uma pomada de hidrocortisona suave na erupção, para aliviar a coceira.

Se você colocou óleo essencial nos olhos, enxágue os olhos com água fria e procure aconselhamento médico.

Quando devo procurar assistência médica?

Se os sintomas persistirem ou piorarem, ligue para o seu médico. No entanto, existem algumas situações que exigem atenção médica imediata:

Ingestão de óleos

Ingerir óleos essenciais é perigoso. Se você engoliu acidentalmente um óleo, ligue imediatamente para o SAMU pelo número 192 e siga estas precauções:

  • Não tente induzir o vômito.
  • Mantenha o frasco de óleo essencial à mão, para ajudar a equipe de emergência a avaliar a situação.

Anafilaxia

A anafilaxia é uma reação alérgica grave e potencialmente fatal, que requer atenção médica de emergência. Ter uma reação anafilática a óleos essenciais é raro, porém, possível.

Ligue para 192 ou para os serviços de emergência locais, imediatamente, se você notar qualquer um dos seguintes sintomas:

  • garganta ou outras partes do corpo inchadas
  • chiado e dificuldade para respirar
  • vômitos ou cãibras no estômago
  • dificuldade para engolir
  • sensação de perigo iminente

Interrompa a aromaterapia e saia imediatamente para um local arejado. Se você estiver usando um óleo essencial na pele, limpe o óleo com uma toalha seca e, em seguida, lave a pele.

Há certos óleos essenciais que têm maior probabilidade de causar reações alérgicas?

Embora quase 100 variedades de óleos essenciais sejam comumente usadas, não há um grande volume de pesquisas abrangentes sobre o potencial de causar reações alérgicas.

No entanto, uma revisão de resultados de testes de contato de 2010 e uma revisão de estudos de caso de 2012 identificaram os seguintes óleos essenciais, que possuem maior probabilidade de causar irritação cutânea:

  • árvore-do-chá
  • ylang-ylang
  • sândalo
  • capim-limão
  • jasmim absoluto
  • cravo
  • lavanda
  • hortelã-pimenta

Ademais, considere também se o seu óleo carreador pode causar irritação na pele. Óleos carreadores comuns são: coco, jojoba e semente de uva. É possível que você seja alérgico a esses óleos.

Como posso prevenir uma reação alérgica?

Ao usar óleos essenciais, é importante tomar precauções para evitar reações adversas:

Dilua, dilua, dilua

Os óleos essenciais precisam ser diluídos com um óleo carreador, para evitar irritações. Siga estas diretrizes de diluição e escolha um óleo carreador de alta qualidade.

Se você for alérgico a nozes, evite óleos carreadores derivados de nozes de árvores, como óleo de amêndoa ou de argan.

Faça um teste de contato

Um teste de contato permite que você veja como a sua pele reage a uma substância, antes de usá-la de forma mais ampla. Aqui estão as etapas para realizar um teste de contato:

  1. Lave o antebraço com sabão suave e sem perfume, e seque a área.
  2. Aplique algumas gotas de óleo essencial diluído em uma pequena área do antebraço.
  3. Coloque uma bandagem sobre a área e mantenha-a seca por 24 horas.

Se você notar qualquer erupção cutânea, irritação ou desconforto durante 24 horas, remova a bandagem e lave bem a pele, com sabão suave e água. Não use o óleo essencial se ocorrer alguma reação, durante o teste de contato.

Se nenhuma irritação ocorrer durante 24 horas, é provável que seja seguro para você usar óleo essencial diluído. No entanto, um teste de contato bem-sucedido não significa que você não vá desenvolver alergia ou ter uma reação no futuro.

Use óleos frescos

A constituição dos óleos essenciais pode sofrer alterações com o passar do tempo, devido ao envelhecimento e às circunstâncias de armazenamento. Além disso, os óleos podem oxidar, aumentando, então, a possibilidade de causar uma reação alérgica ou outro problema.

Todos os óleos essenciais se degradam ao longo do tempo, mas armazená-los em um local fresco, longe da luz direta, pode ajudar a retardar o processo. Certifique-se de fechá-los bem para evitar a oxidação.

Se você notar que um óleo mudou de cor, cheiro ou textura, é melhor jogá-lo fora e comprar uma nova garrafa.

Crianças e gravidez

Usar óleos essenciais ao redor de crianças e durante a gravidez é altamente controverso, e deve ser feito apenas sob a orientação de um profissional de saúde.

As crianças são mais vulneráveis a reações adversas, pois têm uma pele mais fina e sensível. Elas também podem reagir após inalar aromaterapia, mesmo que isso não seja destinado a elas. Portanto, é importante manter os óleos essenciais guardados fora do alcance de bebês e crianças.

Há preocupações de que o uso de óleos essenciais durante a gravidez possa prejudicar o feto, se os óleos passarem pela placenta. Contudo, não sabemos com certeza o que é seguro e, portanto, consulte o seu médico e converse com um aromaterapeuta certificado, se estiver grávida ou amamentando.

Conclusão

Os óleos essenciais são produtos naturais, mas isso não significa que estejam isentos de riscos à saúde. Inclusive, é possível ter uma reação alérgica ao usá-los, por exemplo.

Os óleos essenciais podem ser uma parte benéfica de suas rotinas de bem-estar ou beleza, desde que você saiba como usá-los corretamente.

Converse com o seu médico para saber se é seguro usar óleos essenciais, bem como as melhores práticas para fazê-lo.

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