guia de óleos essenciais para câncer de pulmão de células não pequenas

Óleos essenciais para câncer
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Óleos essenciais para câncer

Óleos essenciais são um tipo de terapia complementar para o câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP). No entanto, eles não substituem um tratamento tradicional, como cirurgia ou quimioterapia. Por outro lado, alguns desses óleos podem ajudar no controle de sintomas, como insônia ou ansiedade, enquanto você está passando pelo tratamento.

Assim como quaisquer terapias complementares, os óleos essenciais são destinados a serem usados em paralelo a tratamentos médicos prescritos – e não como substitutos deles.

Além do mais, embora esses produtos sejam naturais, alguns deles apresentam riscos. Inclusive, muitas das alegações de saúde associadas a esses óleos não foram comprovadas.

Por isso, é importante entender os riscos e benefícios de qualquer tratamento contra o câncer que você esteja usando. Além disso, consulte seu médico antes de experimentar óleos essenciais ou qualquer outra terapia complementar.

O que são óleos essenciais?

Óleos essenciais são compostos aromáticos de flores, plantas ou árvores, os quais são, normalmente, extraídos da planta por meio de um processo de esmagamento ou destilação.

Ademais, esses óleos são altamente concentrados. Por exemplo, são necessários cerca de 100 kg de flores de lavanda para criar 450 g de óleo essencial de lavanda.

Vale reforçar que a aromaterapia é uma prática a qual utiliza esses extratos de plantas, para melhorar a saúde e o bem-estar. Além disso, quando os óleos essenciais se ligam aos receptores da parte cerebral que processa odores, eles podem afetar:

  • respostas emocionais
  • frequência cardíaca
  • pressão sanguínea
  • respiração

Inclusive, algumas pessoas que vivem com câncer usam óleos essenciais para aliviar sintomas do próprio câncer e de seus tratamentos.

Óleos essenciais podem tratar o câncer de pulmão?

Não há evidências, até o momento, de que os óleos essenciais previnam ou tratem o câncer.

Entretanto, alguns estudos afirmam que esses óleos têm “atividade anticâncer”. Por exemplo, um estudo de 2020 descobriu que o óleo de capim-limão fez com que as células de câncer de pulmão morressem.

Além disso, a lavanda francesa também mostrou potencial para matar células de câncer de pulmão. No entanto, esses estudos foram realizados em células de câncer localizadas na placa de Petri ou em camundongos.

Portanto, ainda não sabemos como esses óleos essenciais podem afetar as células de câncer no corpo.

Como eles podem ajudar nos sintomas do CPCNP?

Existem evidências preliminares de que a aromaterapia pode ajudar nos seguintes sintomas do câncer e de seus tratamentos:

  • ansiedade
  • náusea e vômito
  • dor
  • sono
  • estresse

No entanto, a pesquisa até agora tem sido variada. Alguns estudos descobriram que esses óleos são úteis para os efeitos colaterais relacionados ao câncer; enquanto outros estudos não mostraram um benefício claro.

Além do mais, a maioria dos estudos sobre aromaterapia para o câncer é muito pequena e mal projetada, para tirar conclusões reais. Como exemplo, em um estudo de 2017, mulheres com câncer relataram que a massagem com aromaterapia melhorou seu sono, níveis de energia, dor, apetite e humor. Mas o estudo tinha apenas 15 participantes.

Portanto, estudos maiores e bem projetados são necessários para confirmar se (e como) os óleos essenciais podem ajudar no controle dos sintomas do câncer.

Quais óleos você deve experimentar?

Alguns dos óleos essenciais mais comumente usados são:

  • cedro
  • eucalipto
  • olíbano (frankincense)
  • gengibre
  • lavanda
  • limão
  • hortelã-pimenta
  • camomila-romana
  • manjerona doce
  • árvore do chá

Vale lembrar que cada um deles tem um uso específico. Por exemplo, a camomila-romana foi estudada para a ansiedade. O gengibre pode ajudar na náusea causada pela quimioterapia. E a lavanda tem um efeito calmante que pode ser bom para melhorar a ansiedade, o sono e a dor.

Como usá-los

Você pode comprar óleos essenciais em farmácias ou na internet. No entanto, procure produtos puros, sem ingredientes adicionados.

A maioria dos óleos essenciais é vendida sem ser diluída; ou seja, altamente concentrada. Por isso, você precisa misturar o óleo essencial com um creme ou com outro tipo de óleo, para diluí-lo antes de usá-lo.

Existem 4 principais maneiras de usar óleos essenciais:

  • Inalá-los pelo ar. Adicione algumas gotas de óleo essencial em um difusor de ambiente ou vaporizador, que espalha o aroma em forma de névoa pelo ar.
  • Inalá-los diretamente. Cheire diretamente do frasco; ou adicione o óleo a um banho ou em uma tigela de água quente, e, depois, respire o vapor.
  • Aplicá-los na pele. Adicione algumas gotas de óleo em um creme ou em um óleo carreador, como óleo de coco, e massageie na pele.
  • Ingerir (conforme as instruções). Algumas gotas de óleos essenciais podem ser adicionadas à água ou ao chá, porém, só ingira-as se embalagem desse produto específico diga que é seguro.

Ademais, alguns centros oncológicos de renome oferecem a aromaterapia como parte de um programa de cuidados complementares. Se você estiver interessado em experimentar esse tipo de terapia complementar, pergunte ao seu oncologista se o centro de tratamento oferece esse serviço.

Ou você pode pedir uma indicação para um aromaterapêuta qualificado da sua região.

Quais são os riscos?

Os óleos essenciais são geralmente seguros, quando usados conforme as instruções.

No entanto, esses produtos podem causar efeitos colaterais, como reações alérgicas e irritação da pele – especialmente se sua pele já estiver mais sensível devido à radioterapia.

Além disso, aplicar óleos cítricos na pele antes de sair ao sol também pode aumentar o risco de queimaduras solares.

Alguns dos efeitos colaterais mais comuns dos óleos essenciais são:

  • irritação ou vermelhidão na pele
  • tosse
  • dificuldade para respirar

Além do mais, os riscos específicos dependem do óleo essencial que você está usando.

Vale ressaltar que se você tem alergias ou pele sensível, teste uma quantidade muito pequena do óleo diluído na pele, antes de aplicá-lo em uma área maior. Além disso, mantenha os óleos essenciais longe dos olhos; e só ingira-os caso sejam aprovados para ingestão.

Devido a diversos efeitos colaterais e interações provocados pelo tratamento contra o câncer, consulte seu oncologista antes de experimentar um desses óleos. Além do mais, é sempre mais seguro trabalhar com um aromaterapêuta qualificado, ao usar óleos essenciais pela primeira vez.

Conclusão

Os óleos essenciais são compostos à base de plantas, que mostram ser benéficos para o alívio dos sintomas do câncer, bem como para os efeitos colaterais do tratamento, como náuseas, ansiedade e dificuldades para dormir.

Porém, vale reforçar que esses óleos são destinados ao uso complementar a tratamentos tradicionais do CPCNP, como quimioterapia e radioterapia; e, não, como substitutos.

Ademais, embora esses produtos sejam naturais, às vezes, podem causar efeitos colaterais. Por isso, consulte seu oncologista antes de experimentar óleos essenciais, ou qualquer outro tipo de terapia complementar para o CPCNP.

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