O que são óleos essenciais e eles funcionam?

o que são óleos essenciais e eles funcionam?
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o que são óleos essenciais e eles funcionam?

Os óleos essenciais são frequentemente utilizados na aromaterapia, cuja medicina alternativa utiliza extratos de plantas para promover a saúde e o bem-estar.

Contudo, existem controvérsias em relação a algumas das alegações sobre benefícios à saúde, que são atribuídas a esses óleos.

Por isso, este artigo explica tudo o que você precisa saber sobre óleos essenciais e seus efeitos na saúde.

O que são óleos essenciais?

Os óleos essenciais são compostos obtidos a partir de plantas.

Esses óleos capturam o aroma e o sabor da planta, ou sua “essência”.

Compostos aromáticos únicos conferem a cada óleo essencial sua essência característica.

Os óleos essenciais são obtidos por meio de destilação (por meio de vapor e/ou água) ou métodos mecânicos, como a prensagem a frio.

Depois que os produtos químicos aromáticos foram extraídos, eles são combinados com um óleo carregador para criar um produto pronto para uso.

A maneira como os óleos são produzidos é importante, já que os óleos essenciais obtidos por processos químicos não são considerados verdadeiramente óleos essenciais.

Como funcionam os óleos essenciais?

Os óleos essenciais são mais comumente utilizados na prática da aromaterapia, na qual são inalados por meio de diversos métodos.

Os óleos essenciais não devem ser ingeridos.

As substâncias químicas presentes nos óleos essenciais podem interagir com o seu corpo de várias maneiras.

Quando aplicadas na pele, algumas substâncias químicas das plantas são absorvidas (1, 2).

Acredita-se que certos métodos de aplicação possam melhorar a absorção, como a aplicação com calor ou em diferentes áreas do corpo. No entanto, a pesquisa nessa área é limitada (3, 4).

Inalar os aromas dos óleos essenciais pode estimular áreas do seu sistema límbico, que é uma parte do seu cérebro que desempenha um papel nas emoções, comportamentos, sentido do olfato e memória de longo prazo (5).

Curiosamente, o sistema límbico está intimamente envolvido na formação de memórias. Isso pode explicar parcialmente por que cheiros familiares podem desencadear memórias ou emoções (6, 7).

O sistema límbico também desempenha um papel no controle de várias funções fisiológicas inconscientes, como a respiração, a frequência cardíaca e a pressão sanguínea. Como tal, algumas pessoas afirmam que os óleos essenciais podem exercer um efeito físico sobre o seu corpo.

Entretanto, essa informação ainda não foi comprovada em estudos.

Tipos populares

Existem mais de 90 tipos de óleos essenciais, cada um com seu próprio cheiro e benefícios em potencial para a saúde.

Aqui está uma relação de 10 óleos essenciais mais populares, juntamente com as afirmações de benefícios à saúde relacionadas a cada um deles:

  • Hortelã-pimenta: usado para aumentar a energia e auxiliar na digestão
  • Lavanda: usado para aliviar o estresse
  • Sândalo: utilizado para tranquilizar os nervos e auxiliar na concentração
  • Bergamota: usado para reduzir o estresse e melhorar condições de pele, como eczema
  • Rosa: usado para melhorar o humor e reduzir a ansiedade
  • Camomila: usado para aprimorar o ânimo e promover o relaxamento
  • Ylang-Ylang: usado para o tratamento de cefaleias, náuseas e problemas de pele
  • Melaleuca: usado para combater infecções e impulsionar a imunidade
  • Jasmim: usado para ajudar na depressão, libido e no parto
  • Limão: usado para auxiliar na digestão e no humor, aliviar dores de cabeça, e muito mais

óleos essenciais e seus benefícios para saúde

Apesar do seu uso generalizado, pouco se sabe sobre a capacidade dos óleos essenciais ao tratar certas condições de saúde.

Vamos examinar as evidências relacionadas a alguns dos problemas de saúde comuns, que têm sido tratados com base nos óleos essenciais e na aromaterapia.

Estresse e ansiedade

Estima-se que 43% das pessoas que sofrem de estresse e ansiedade utilizem alguma forma de terapia alternativa para aliviar seus sintomas (8).

No que diz respeito à aromaterapia, estudos iniciais têm sido bastante positivos. Muitos mostraram que o aroma de alguns óleos essenciais pode funcionar, em conjunto com a terapia tradicional, no tratamento da ansiedade e do estresse (9, 10, 11).

No entanto, devido aos odores das substâncias, é difícil realizar estudos cegos e eliminar preconceitos. Assim, muitas revisões sobre os efeitos de alívio do estresse e da ansiedade dos óleos essenciais têm sido inconclusivas (12, 13).

Curiosamente, o uso de óleos essenciais na massagem pode ajudar a aliviar o estresse, embora os efeitos possam durar apenas durante a massagem (14).

Além disso, com base em mais de 201 estudos, uma revisão recente constatou que apenas 10 deles eram robustos o suficiente para análise. Nela, concluiu-se também que a aromaterapia não era eficaz no tratamento da ansiedade (15).

Dores de cabeça e enxaquecas

Na década de 90, dois estudos pequenos descobriram que a dor de cabeça foi dissipada, ao aplicar uma mistura de óleo de hortelã-pimenta e etanol na testa e nas têmporas dos participantes (16, 17).

Estudos recentes também observaram uma redução na dor de cabeça, após a aplicação de óleo de hortelã-pimenta e lavanda na pele (18, 19).

Além disso, foi sugerido que a aplicação de uma mistura de óleo de camomila e óleo de gergelim nas têmporas pode tratar dores de cabeça e enxaquecas. Vale ressaltar que esse método é um medicamento tradicional persa para dores de cabeça (20).

No entanto, vale reforçar também que são necessários mais estudos de alta qualidade.

Sono e insônia

Cheirar óleo de lavanda tem demonstrado melhoria na qualidade do sono de mulheres no período pós-parto, bem como pacientes com doenças cardíacas (21, 22).

Uma análise examinou 15 estudos sobre óleos essenciais e sono. A maioria dos estudos mostrou que cheirar os óleos – principalmente o óleo de lavanda – teve efeitos positivos nos hábitos de sono (23).

Redução da inflamação

Sugere-se que os óleos essenciais possam ajudar a combater condições inflamatórias. Alguns estudos em tubos de ensaio mostram que eles têm efeitos anti-inflamatórios (24, 25).

Uma pesquisa realizada com ratos constatou que o consumo de uma mistura de óleos essenciais de tomilho e orégano contribuiu para a remissão da colite. Dois estudos com camundongos sobre os óleos de alcaravia e alecrim encontraram resultados semelhantes (26, 27, 28).

No entanto, pouquíssimos estudos em humanos examinaram os efeitos desses óleos em doenças inflamatórias. Portanto, sua eficácia e segurança são desconhecidas (29, 30).

Antibióticos e agentes antimicrobianos

O aumento das bactérias resistentes a antibióticos renovou o interesse na busca por outros compostos que pudessem combater infecções bacterianas.

Estudos realizados em tubos de ensaio investigaram extensivamente os óleos essenciais, como hortelã-pimenta e óleo de melaleuca, devido aos seus efeitos antimicrobianos, e observaram alguns resultados positivos (31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39).

No entanto, embora esses resultados de estudos em tubos de ensaio sejam interessantes, eles não necessariamente representam os efeitos que esses óleos têm dentro do seu corpo. Eles não comprovam que um determinado óleo essencial possa tratar infecções bacterianas em seres humanos.

Outros usos

Os óleos essenciais têm diversos usos fora da aromaterapia.

Muitas pessoas os usam para perfumar suas casas ou dar um toque de frescor a coisas, como roupa lavada.

Eles também são usados como fragrância natural em cosméticos caseiros e produtos naturais de alta qualidade.

Além disso, foi sugerido que os óleos essenciais poderiam oferecer uma alternativa segura e ecologicamente correta aos repelentes de mosquitos fabricados pelo homem, como o composto químico DEET.

No entanto, os resultados quanto à sua eficácia têm sido mistos.

Estudos mostraram que alguns óleos, como o citronela, podem repelir certos tipos de mosquitos por cerca de 2 horas. Mas ao combinar com vanilina, a proteção pode ser estendida por até 3 horas.

Além disso, as propriedades dos óleos essenciais indicam que alguns deles poderiam ser usados industrialmente para prolongar a vida útil dos alimentos (39, 40, 41, 42).

Como escolher óleos essenciais certos

Diversas empresas alegam que seus óleos são “genuínos” ou de “qualidade médica”. No entanto, esses termos não são universalmente definidos e, portanto, têm pouco peso.

Além disso, por serem produtos de uma indústria não regulamentada, a qualidade e composição dos óleos essenciais podem variar muito (43).

Mantenha em mente as seguintes dicas para escolher apenas óleos de alta qualidade:

  • Pureza: Dê preferência a óleo que contenha apenas compostos aromáticos provenientes das plantas, sem conter aditivos ou óleos sintéticos. Os óleos puros geralmente listam o nome botânico da planta (como Lavandula officinalis), em vez de termos como “óleo essencial de lavanda”.
  • Qualidade: Os verdadeiros óleos essenciais são aqueles que foram alterados o mínimo possível pelo processo de extração. Escolha um óleo essencial livre de produtos químicos, que tenha sido extraído por destilação ou por prensagem mecânica a frio.
  • Reputação: Compre de uma marca que tenha boa reputação por fabricar produtos de alta qualidade.

Segurança e efeitos colaterais

Apenas por ser algo natural não significa que seja seguro.

Plantas e produtos à base de ervas contêm muitos compostos bioativos que podem prejudicar sua saúde. E com os óleos essenciais, isso não seria diferente.

No entanto, quando inalados ou combinados com um óleo base para uso na pele, a maioria dos óleos essenciais é considerada segura. Certifique-se de considerar outras pessoas em seu ambiente que também podem estar inalando o aroma, incluindo mulheres grávidas, crianças e animais de estimação.

No entanto, eles podem causar alguns efeitos colaterais, incluindo (44):

  • erupções cutâneas
  • ataques de asma
  • dores de cabeça
  • reações alérgicas

Embora o efeito colateral mais comum seja uma erupção cutânea, os óleos essenciais podem causar reações mais graves, bem como associados a um caso de morte (45).

Os óleos que mais comumente foram associados a reações adversas são lavanda, hortelã-pimenta, melaleuca e ylang-ylang.

Óleos ricos em fenóis, como canela, podem causar irritação na pele e não devem ser usados na pele sem serem combinados com um óleo base. Enquanto isso, os óleos essenciais feitos a partir de frutas cítricas aumentam a reação da pele à luz solar e podem causar queimaduras.

Engolir óleos essenciais não é recomendado, pois pode ser prejudicial e, em algumas doses extras, fatal (46, 47).

Muito poucos estudos examinaram a segurança desses óleos para mulheres grávidas ou em amamentação, que geralmente são aconselhadas a evitá-los (48, 49, 50, 51, 52).

Resumindo

Os óleos essenciais geralmente são considerados seguros para inalar ou aplicar na pele, caso tenham sido combinados com um óleo base. Vale lembrar também que eles não devem ser ingeridos.

No entanto, a evidência que respalda muitas de suas alegações de saúde associadas é escassa, e sua eficácia frequentemente é exagerada.

Para condições leves de saúde, a utilização de óleos essenciais, como um complemento terapêutico, provavelmente não apresentará riscos significativos.

No entanto, se você tiver uma condição de saúde grave ou estiver tomando medicamentos, deve discutir seu uso com seu profissional de saúde.

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